Olá, caro
leitor. Tudo bem? Espero que sim. Bom… dando continuidade ao projeto Clube do
Livro, hoje escreverei sobre o livro O aprendiz da série O Conjurador, o qual
foi escolhido pela Vanessa.
O Aprendiz é um
livro de fantasia, escrito por Taran Matharu, que acompanha a vida de Fletcher,
um menino de quinze anos que mora junto com um ferreiro em Pelego, uma pequena
vila conhecida por seu comércio de peles. Deixado no portão da vila
completamente nu quando recém-nascido, a vida não é fácil para Fletcher. Com
uma rotina intensa, quando o rapaz não está trabalhando na forja, está em sua
barraca de armas na feira ou caçando.
Pelego é uma
pequena vila de Hominum, um pais marcado pela gritante diferença entre as
classes sociais e a complicada relação entre os indivíduos que o habitam.
Corcillum, hodiernamente capital de Hominum, pertencia aos anões, a mais de
dois mil anos atrás, antes da chegada dos primeiros homens. Atualmente, a
população de anões é muito pequena e eles são obrigados a cumprir as leis
humanas, muitas destas injustas como a lei que proíbe os anões de terem quantos
filhos desejarem.
Faz alguns anos
que Hominum está em guerra contra os orcs, um conflito que não tem previsão de
terminar. Por este motivo, cada vez mais soldados são recrutados, e chegou ao
ponto de o rei aceitar que prisioneiros entrem para o exército. A frente de
batalha localiza-se no Sul, comumente chamada de frente órquica.
Ao Norte de
Hominum, existem as terras dos povos élficos, que vivem em clãs e são obrigados
a pagar uma taxa para a coroa. Acontece que a relação entre humanos e elfos é
bem instável. Sendo assim, ao norte de Hominum e perto de Pelego existe a
frente elfica, para onde vão os soldados em fim de carreira, visto que a um bom
tempo não há existência de uma ameaça real na chamada frente élfica, somente
pequenos conflitos.
A vida seguia
cotidiana e Fletcher estava com sua barraca na grande feira, quando uma figura
diferente montou uma barraca improvisada em frente a sua. Rotherham é um
soldado de idade avançada que expõe em sua barraca artefatos peculiares, como o
chifre de um rinoceronte, a tanga de um gremlin, o esqueleto de um orc… e um
livro de magia. O soldado diz ter conseguido o livro após a morte de um mago de
batalha. Depois de ninguém se interessar pelo livro, Rotherham o dá para
Fletcher, com quem fez amizade.
Fletcher
consegue conjurar um demônio, o que traz benefícios e malefícios porque após um
acontecimento importante (não quero dar spoiler), ele precisa fugir de Pelego
deixando o lugar em que passara toda avida e Berdon, que Fletcher considera um
pai, para trás.
Depois de uma
difícil viagem na traseira de uma carroça que fedia a ovelha, Fletcher chega em
Corcillum. Após uma leve confusão na cidade (sem spoiler) o protagonista é
convidado a se alistar na Academia Vocans, uma conceituada escola que forma
magos de batalhas (para mim, é neste momento que a história começa a ficar boa).
Na academia
Vocans, Fletcher tem aulas sobre feitiçaria, demonologia e conjuração. Lá os
alunos são divididos entre plebeus e nobres. Estes recebendo vantagem em tudo
que for possível: nas disciplinas, nos dormitórios… Na escola, Fletcher faz
novos amigos, alguns bem íntimos como Otelo (anão) e Sylva (elfa). Os plebeus
são lesados em quase todas as disciplinas, principalmente por terem demônios
inferiores aos dos nobres, haja vista, que estes herdam os demônios de seus
pais, os quais são ou já foram magos de batalha.
Os dias seguem
com muito estudo na Academia Vocans. Os estudantes se preparam para o torneio,
um evento onde os alunos competem por patentes, sendo que o grande campeão se
tornará capitão e um dos conselheiros do rei. Fletcher se destaca em algumas
matérias mas tem grandes dificuldades em outras (O que é muito legal pois
mostra que ele não é bom em tudo, como acontece com o protagonista de alguns
livros).
Após alguns
acontecimentos, Fletcher, Otelo, Sylva e Serafim, amigos que são os melhores
entre os plebeus, decidem que a meta do grupo para o torneio é eliminar Tarquin
e Isadora, os dois filhos de Zacarias Forsyth, um poderoso, mas maligno nobre.
Este tem planos que se executados prejudicarão tanto os anões quanto os elfos.
Depois de muito
treino e provas durante o ano, enfim chega o dia do torneio que é um evento
muito legal que reúne todos os nobres e generais de Hominum para prestigiar os
estudantes duelarem. Aqueles que se destacam no torneio recebem ótimas patentes.
Confesso que não
estava muito animado para ler O aprendiz porque tinha lido alguns comentários
negativos. No entanto, o livro é bom. Não teve explosões de cabeça, e em alguns
momentos foi bem previsível, porém, a história é boa, com uma escrita leve e
gostosa. Apesar disso, não
gostei do final porque me lembrou o fim de um episódio de novela, como
quando acontece algo importante mas acaba bem na hora, deixando a dúvida no ar.
Mesmo não gostando da sensação, assumo que fiquei com muita vontade de já
começar o próximo livro.
No fim, o livro
tem mais pontos positivos do que negativos. Desta forma, o indico a todos que
gostam de fantasia e de literatura infantojuvenil.
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