segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Minha Primeira Partida de RPG

Esse mês o tema vai ser a respeito da partida de RPG D&D que joguei com meus amigos. Eu fui o ladino, Felipe o Elfo, Fábio o Clérigo e a Vanessa a nossa mestra. Nós éramos um grupo de mercenários em busca de trabalho e ao passarmos por uma cidade, chegou ao nosso conhecimento o estranho desaparecimento de duas crianças.  Motivados pelo dinheiro (o clérigo preocupado com as crianças), fomos até a casa de um renomado artesão da cidade (pai das crianças) oferecer nossos serviços. Depois de muita conversação e uma boa lábia do grupo, o artesão contratou nossos serviços e nos deu a informação que as crianças poderiam estar em um mausoléu chamado “antro das sombras”. Depois andamos pela cidade para colher mais informações (sem resultado), então partimos em direção ao mausoléu.

Ao adentrar no mausoléu nos deparamos com um enigma o qual resolvemos rápido, difícil mesmo foi depois, quando enfrentamos dois Hobgoblins e foi um show de erros (os dados não ajudavam kkk). Nesse momento o elfo acertou uma flecha em seu companheiro de equipe, o ladino acertou o próprio pé com a espada e o clérigo escorregou e acertou o teto com o dardo da besta.

Machucados e cansados continuamos nossa jornada e chegamos a uma grande caverna de chão irregular. Nela havia uma porta misteriosa fechada e outra entrada aberta, nesse momento nosso clérigo tomou a frente enquanto ainda decidíamos o que fazer e entrou pela porta aberta, o ladino revoltado apoiou a espada nos joelhos e bateu palmas gritando “valeu Fábioooo!!” este por sua vez deu de cara com um elfo maligno e duas caveiras(mortos-vivos) com espadas longas. Por incrível que pareça, vencemos o chefão mais facilmente do que os hobgoblins, com o nosso elfo acertando boas sequencias de flechas no inimigo.

 Em seguida quando todos se dirigiram para a porta misteriosa, o ladino ficou sozinho na sala e encontrou um baú com uma adaga de sacrifício que avaliou em 35 peças de ouro, um livro de rituais que avaliou em 300 peças de ouro e uma roupa de elfo que avaliou em 211 peças de ouro. Ao reagrupar com o grupo, disse ter encontrado apenas a adaga e o livro.

Atrás da porta misteriosa o grupo ouvia o choro das duas crianças. Após duas tentativas o ladrão conseguiu abrir a porta e lá estava as duas crianças, acorrentadas a um circulo que somente o clérigo sabia ser mágico. Depois de muito teste de percepção na sala, decidiram enfim entrar no circulo e soltar as crianças. Quando o ladino colocou o braço para dentro do circulo, duas das estatuas da sala ganharam vida e antes que ele percebesse uma o acertou por trás, e o deixou no chão. Nesse momento (entenda eu tirei 20 no dado kk) o ladrão caído como estava girou no chão e foi para dentro do circulo, onde com maestria e quatro movimentos rápidos e certeiros soltou as duas crianças.

Acontece que depois que as crianças já estavam soltas e correram para fora, as estatuas começaram a nos dar uma verdadeira surra e para completar o teto começou a desmoronar. No fim, não conseguimos fugir a tempo, o teto desmoronou e matou a todos, inclusive as duas crianças. Então é isso, essa foi a minha primeira experiência com o RPG e apesar de morrermos, foi incrível.



Quase me esqueci, segue abaixo uma carta deixada escondida pelo ladino na porta do mausoléu.


Meu nome é Jerik, estou com esse grupo há um bom tempo e confio em cada um deles, apesar de muitas vezes me tirarem do sério. O grandão por exemplo, um draconato de 2,15m insiste em não me deixar roubar, mas um bom ladrão sempre encontra uma maneira, e na hora certa eu sairei com lucro. O clérigo é o que mais me irrita, pois seu grande coração o deixa idiota e ele está muito preocupado com as crianças que nem ao menos vimos; Por ele teríamos imediatamente ingressado nesta missão, sem ao menos investigar os fatos. O último é o Elfo, um sujeito com olhos aguçados e muito perceptivo. Ele muitas vezes me olha diferente e parece desconfiar de mim, tem medo que eu o roube. Digo que ele é um cara esperto e sensato pois mesmo eu não sabendo atirar, tenho certeza que conseguiria umas boas moedas por aquele seu arco. Estamos a meio dia de viagem e paramos para descansar. Ao longe posso ver o “mausoléu antro das sombras”, no alto de sua montanha, com toda a sua imponência e escuridão. Não é medo que sinto, mas sim um pressentimento, algo dentro de mim diz que se entrarmos ali, nenhum de nós retornará. Por este motivo estou escrevendo, pois se eu morrer, quem achar esta carta deve contar a minha história. Diga que Jerik foi o melhor ladino que já existiu, diga que teve muitas mulheres, mas não se prendeu a nenhuma, e principalmente, diga que com certeza não morreu de bolsos vazios e quer seja para onde vá depois da morte, chegará cheio de ouro.

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